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Combate à corrupção é tema de palestra do presidente do CFC na abertura da XXXIII CIC

Mais de mil profissionais participam da XXXIII Conferência Interamericana de Contabilidade,
que acontece até o dia 22, em Cartagena, na Colômbia
Por Rafaella Feliciano
Comunicação CFC

Abertura da XXXIII Conferência Interamericana de Contabilidade

No mundo dos negócios, as organizações são corruptas por natureza?  Para o presidente do Conselho Federal de Contabilidade(CFC), Zulmir Breda, a resposta é não. “As corporações privadas e os órgãos públicos não nascem corruptos, mas tornam-se quando suas estruturas de poder são contaminadas pela prática generalizada da corrupção por seus membros ou representantes”, afirmou.

Com o tema “Ética e Responsabilidade Social: mecanismos para combater a corrupção”, Zulmir proferiu a palestra magna da XXXIII Conferência Interamericana de Contabilidade (XXXIII CIC), realizada neste domingo, 20, durante a abertura do evento, em Cartagena, Colômbia.

Presidente do CFC fala sobre ética e responsabilidade social

Na presença de mais de mil pessoas, o presidente do CFC discorreu sobre o assunto, enfatizando a importância do profissional da contabilidade na luta permanente contra os atos ilícitos e no fomento ao desenvolvimento sustentável das economias.

Segundo ele, os contadores de todo o mundo estão unidos nessa missão, como exemplo, Breda destacou os esforços da Federação Internacional de Contadores (Ifac, sigla em inglês) que, recentemente, publicou a edição de uma norma de ética profissional conhecida como Resposta ao Descumprimento de Leis e Regulamentos (Noclar, sigla em inglês).

“Os profissionais, muitas vezes, se encontram em um dilema relacionado à má conduta corporativa e, por isso, desempenham um importante papel na proteção ao investidor e às partes interessadas em geral. Amparados pela Noclar, eles se sentirão mais apoiados a não concordar (conviver) com desvios de conduta nas empresas”, ressaltou.

Zulmir destacou, ainda, que a transparência e a sustentabilidade se tornaram clamores da sociedade e o mercado tem exigido clareza nas informações prestadas pelas organizações. Nesse sentido, ele acredita que já estamos vivendo uma mudança de concepção e de atitude, como é o caso da implantação do Relato Integrado, uma nova forma de prestação de contas alinhada à sustentabilidade econômica, social e ambiental, uma iniciativa que possui o apoio do entusiasta sobre o tema, Príncipe Charles.

Especificamente sobre o desenvolvimento da América Latina, Breda apresentou dados do Barômetro Global da Corrupção (BGC), que realizou, entre janeiro e março de 2019, um levantamento com mais de 17 mil cidadãos em 18 países da região. Segundo a pesquisa, 53% das pessoas acham que a corrupção aumentou nos últimos 12 meses e 85% acreditam que a corrupção no âmbito governamental é um grande problema.

Em sua visão, para que aconteça a mudança deste cenário, é preciso um novo perfil do profissional, o qual poderá contar com o apoio de entidades como a Associação Interamericana de Contabilidade (AIC) e com o empenho das instituições públicas. “A AIC vem protagonizando o despertar dessa cultura de resgate de valores, incentivando os países latino-americanos a adotarem boas práticas de transparência, acesso à informação e responsabilidade social corporativa”, completou.

Vice-presidentes prestigiam abertura da XXXIII CIC

Ao final da palestra, Zulmir deixou um recado: “A mudança depende de cada um de nós, não há outro caminho. E, à luz dessa reflexão, nós, profissionais da contabilidade, precisamos nos atentar para quão grandioso é o nosso papel de agentes transformadores”.

Participaram da solenidade de abertura os representantes dos países Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Canadá, México, Nicaragua, Panamá, Honduras, Porto Rico, Brasil, Equador, El Salvador, Paraguai, Peru, Haiti, Uruguai, Guatemala e República Dominicana, Cuba e Venezuela.

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