Comunicação CFC / Agência Apex
O momento é de planejamento para as famílias. Iniciar um novo ano com as contas organizadas, enumerando as prioridades e objetivos, é fundamental para evitar o endividamento e para economizar. Dados de pesquisa recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro para 2020. Esse sonho é possível, de acordo com o coordenador nacional do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC), contador Elias Dib Caddah Neto.
“Hoje a falta do controle orçamentário é o principal motivo que ocasiona o endividamento. Muitas vezes, esse descontrole pode ser ocasionado pelo impulso de compras e pelas facilidades oferecidas pelo comércio, como compras parceladas, compras sem entrada e, ainda, pelo uso de cartão de crédito e do cheque especial. Não podemos gastar mais do que ganhamos”, ensina Elias.
Para iniciar o processo de planejamento das contas, é necessária uma reeducação financeira e uma imersão nos gastos e ganhos. “É indispensável colocar tudo na ponta do lápis, desde as despesas fixas até o pão que compramos na padaria e a pipoca do cinema. Para quem gosta de tecnologia, há muitas opções de aplicativos que auxiliam no controle”, aconselha.
1 – Listar todas as receitas e as despesas fixas, como mensalidade escolar, plano de saúde, alimentação, contas de água, luz, telefone, aluguel, IPTU, IPVA.
2 – Cortar gastos excessivos e, se possível, optar por compras à vista. Para o contator Elias Dib Caddah Neto, o cartão de crédito é o grande vilão das famílias. “Se você está com dívidas no cartão e não tem como pagar, a melhor sugestão é tentar um empréstimo com juros menor, quitar o valor e deixar de usar o cartão de crédito. Outra opção pode ser o parcelamento da fatura, com encargos menores que o crédito rotativo. Obviamente, a partir disso, deve-se trabalhar o autocontrole para não gerar mais problemas”, reforça o contador.
3 – Definir objetivos e economizar. Buscar com o seu banco a melhor forma de investimento para o dinheiro que será guardado.
Sobre o PVCC
O Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC) é coordenado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que visa sensibilizar os profissionais da contabilidade sobre a importância das ações de voluntariado para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. A classe contábil disponibiliza seus conhecimentos em ações sociais de voluntariado organizado, registrando, mensurando e avaliando os resultados das atividades voluntárias empreendidas pelos profissionais da contabilidade.
Atualmente, o programa possui aproximadamente mais de 8 mil profissionais voluntários em todo País, que atuam nos quatro subprogramas do PVCC, que são a Rede Nacional de Cidadania Fiscal – Observatórios Sociais; Educação Financeira; Doação ao Funcriança e Fundo do Idoso; e as ações locais de Voluntariado.
Sobre o Conselho Federal de Contabilidade
Orientar, normatizar e fiscalizar estão entre os principais objetivos dos conselhos que regem as profissões regulamentadas no Brasil. Na contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais foram criados pelo Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946.
Autarquia Especial Corporativa, dotada de personalidade jurídica de direito público, o CFC possui estrutura, organização e funcionamento regulamentados pela Resolução n.º 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprova o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade. Mas, na prática, o que isso quer dizer?
O presidente do Conselho, Zulmir Breda, explica que a instituição tem o dever de assegurar a qualidade do trabalho prestado pelos profissionais ao mercado, incluindo-se também todas as entidades e órgãos onde os contadores estão presentes. “A entidade tem o dever de promover o desenvolvimento da profissão contábil no País, buscando a melhoria contínua do ambiente de negócios para facilitar e impulsionar o desenvolvimento econômico no Brasil”, afirma Breda.
O CFC é integrado por um representante de cada estado e do Distrito Federal, no total de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei n.º 11.160/2005 . A fiscalização do exercício da profissão é realizada por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade, cada um em sua base jurisdicional.
Em todo o Brasil, são mais de 520 mil profissionais atuando no desenvolvimento sustentável do país, garantindo o cumprimento da legislação e do Código de Ética Profissional do Contador, atuando com transparência na proteção do interesse público.