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Qual o perfil do profissional do futuro? Especialistas respondem à questão no XII ENMC

Por Rafaella Feliciano
Comunicação CFC

“Sejam cientistas de dados. Buscar inovações não significa desistir das pessoas. A Inteligência Artificial não nos substituirá, mas quem incorporá-la poderá substituir o restante”. A mensagem é do especialista em Inovação e Economia Digital Gil Giardelli, que participou, nesta sexta-feira (13), do painel “Desafios da Ciência Contábil frente à inovação tecnológica – o futuro da profissão”, que integra a programação do último dia do XII Encontro Nacional da Mulher Contabilista.

Giardelli trouxe um panorama geral sobre a criação de tecnologias capazes de alterar a forma como nos relacionamos com o mundo. Ele apresentou casos em que as inovações digitais resolvem problemas complexos, sejam no meio ambiente, na mobilidade e na saúde trazendo bem-estar para a sociedade. “Nada é futuro. Tudo já está acontecendo, e precisamos nos adaptar e estar abertos às inovações. Tecnologia, conhecimento científico e ética precisam caminhar lado a lado para a construção de uma nova aldeia global”, ressaltou.

O especialista negou a ideia de que os avanços tecnológicos poderão criar um cenário de desemprego generalizado e informou: “para cada vaga de emprego que se fecha por conta da modernização de processos, outras três oportunidades surgem. O que é necessário é promovermos educação e qualificação para as pessoas, para que elas possam fazer a transição neste mundo complexo”.

Profissional da contabilidade – um contador de histórias verídicas

A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, Márcia Alcazar, trouxe para o debate uma visão sobre como o profissional da contabilidade tem se transformado frente às inovações tecnológicas. Segundo ela, é preciso que o papel estratégico torne-se uma atribuição do contador para que ele seja, cada vez mais, imprescindível no gerenciamento das empresas.

“O profissional da classe contábil deve ser um contador de histórias, aquelas que existem atrás dos números, de uma forma que os usuários compreendam e utilizem essas informações para a tomada de decisões”.

Para ela, as transformações são rotineiras na vida do profissional da contabilidade que está acostumado a lidar com mudanças. O objetivo agora, disse a presidente do CRCSP, é conseguir mostrar a necessidade de apropriação desse novo papel gerencial que a profissão ganhou com os avanços da tecnologia.

“Nós somos influenciadores no cenário estratégico dos negócios e precisamos nos apropriar disso, porque o mais impactante é ser extraordinário”.

Para adaptar-se aos novos tempos é preciso capacitação

“De fato, o profissional pode considerar a quarta revolução industrial como valiosa aliada da Contabilidade, e nesse contexto, estreitar as relações entre a profissão e a educação será fundamental para ajustar as arestas desse processo não tão simples”, lembrou a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do Conselho Federal de Contabilidade, Lucélia Lecheta.

Lecheta explicou a importância da Educação Profissional Continuada na capacitação profissional, item imprescindível para o acompanhamento das mudanças tecnológicas. Segundo ela, em 2018, mais de 85 mil profissionais participaram de atividades pontuadas pelo Sistema CFC/CRCs. Além disso, a vice-presidente informou que é latente o crescimento da presença de voluntários nos cursos de capacitação, aqueles que não são obrigados a cumprir o programa de Educação Profissional Continuada, mas que participam para gerar conhecimento.

Atualmente, o programa conta com 925 capacitadoras ativas que oferecem mais de 1.300 mil cursos aos profissionais da contabilidade.

“O foco no aprimoramento profissional é uma tendência entre os contadores do País e, com o EPC, é possível atualizar e expandir os conhecimentos e as competências técnicas, as habilidades multidisciplinares e a elevação do comportamento social, moral e ético”, concluiu.

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